segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Respeito é bom

Respeito é bom
"Sendo humanos, homens, mulheres e crianças, somos ainda animais predadores, querendo ocupar espaço a patadas. A gente precisa ser domesticado desde o dia em que nasce"
Respeito é bom e eu gosto", diz uma das mil frases feitas - esse sutil veneno ou pontapé no estômago - que pontilham nossa sabedoria dita popular. Vale para muitos aspectos da nossa vida. Vamos ver alguns.
Escuto frequentemente a queixa de mulheres de que ainda não são respeitadas como merecem, em seu trabalho ou individualmente. Primeiro, é uma questão de tempo, pois em quase todos os territórios da atividade humana, menos cozinhar e parir, mulheres são novidade. Ainda estamos buscando nosso jeito de trabalhar, de comandar, de usar nossa autonomia.
Ilustração Atômica Studio
Certa vez, querendo me elogiar, um crítico escreveu: "(...) é uma excelente escritora, pois, embora sendo mulher, escreve com mão de homem". Isso por si basta para reconhecer a carga de preconceito que sobrevive mesmo entre pessoas com certo preparo, inclusive mulheres, diga-se de passagem, que em geral são os piores juízes de outras mulheres. Se ela faz bem um trabalho (vale para juízas, reitoras, governadoras, vereadoras, motoristas de ônibus, policiais, grandes cirurgiãs etc.), é porque o faz como homem. Quantas gerações terão de passar, para que isso mude?
Esse preconceito é demorado e obstinado, e nós mulheres colaboramos com ele dando nossa melancólica parcela, por exemplo, no jeito como nos portamos, como nos vestimos, como agimos no trivial, ou quando estamos no poder, qualquer poder. Não é por nada que boa parte das propagandas de quaisquer produtos usa mulheres quase nuas ou em trejeitos sensuais: vende, dá ibope, dá vontade de comprar... o que é um modo de poder. Falo com certa frequência na psicóloga que atende seus pacientes de minissaia ou profundos decotes, e digo que, lidando com a alma desses pacientes, a roupa não parece muito adequada. Nada contra a peça de roupa, desde que num corpo adolescente: adolescentes ainda não atendem pessoas com problemas psicológicos.
Enquanto nos portarmos feito crianças pouco inteligentes, ou enquanto nosso maior trunfo forem nádegas firmes, fica difícil reclamar que não nos respeitam o bastante. Estarei dando muito valor a exterioridades como saia, joias, trejeitos? Estou. A aparência é nosso primeiro cartão de visita, dizendo coisas como: eu me acho linda, eu sou sensual, estou consciente disso. O segundo cartão é a linguagem: se eu não sei nem articular direito meu pensamento falando ou escrevendo, não vou ser um grande candidato a um emprego razoável, pelo menos um cargo em que eu precise pensar... e falar.
Pais também se queixam de que os filhos não os respeitam. Um bom começo de diálogo é indagar como eles, pais, se portam em casa. Gentis um com o outro, com empregadas, com os filhos - ou a gente acha que dentro da porta de casa, com filhos, vale tudo, até grosseria e falta de compostura? O comportamento das crianças e adolescentes e seus conceitos sobre o mundo (eles os têm desde cedo, não se iludam!) refletem sua casa. Um pouco incômodo: querendo ou não, somos seus primeiros modelos, e eles percebem muito bem o que é natural e o que é fingido em nós.
Isso se estende para a escola, onde professores suportam violência verbal e física, agressividade, má-educação, hostilidade por parte de alguns alunos - não todos, possivelmente nem a maioria. Se pudéssemos pesquisar a vida familiar dessa meninada, com frequência iríamos constatar que ela apenas reproduz ou continua, na rua, no pátio da escola e na sala de aula, o tratamento que predomina em sua casa. Lá, talvez, os filhos não conheçam limites ou, quem sabe, o pai é do tipo que aprecia um coronelismo ultrapassado.
Observo muita gente, e não só jovens, dando de ombros ou rindo ao assistir a uma entrevista de alguns dos nossos líderes (ou escutando belas frases sobre ética): também na vida pública, o respeito tem de ser conquistado e merecido. Sendo humanos, homens, mulheres e crianças, somos ainda animais predadores, querendo ocupar espaço a patadas. Se pudermos, em vez de falar, rosnamos; em lugar de curtir, cuspimos em cima. A gente precisa ser domesticado desde o dia em que nasce.

Lya Luft é escritora
Nota do Professor: Quando li esse artigo logo meu veio em mente a idéia de igualdade entre homens e mulheres, afinal vivemos em uma sociedade democrática onde os direitos perante a lei são iguais, mas infelizmente ainda existem tabus a serem quebrados e outros valores a serem transformados, hoje os papéis são trocados as mulheres saem de casa para trabalhar e os homens cuidam das tarefas de casa ou equilibram suas atividades, pois é não se assustem estamos em uma nova forma de viver em sociedade...

domingo, 15 de novembro de 2009

Academia de ginástica (mental)






Academia de ginástica (mental)
"Sem o desenvolvimento do método científico, não teríamos os avanços tecnológicos que tanto beneficiam a humanidade"
As primeiras ondas encantaram os turistas. Eles ficaram então esperando as próximas. Contudo, foram salvos por uma inglesinha bem jovem, em cujo livro de ciências estava explicado o que era um tsunami e que perigos trazia. Que corressem todos, o pior estava por vir! Em contraste, alguns pobres coitados de Goiânia receberam doses fulminantes de radiação ao desmontar o núcleo radioativo de um aparelho de raio X vendido como sucata. Os turistas foram salvos pelo conhecimento científico da jovem inglesa. Os sucateiros foram vítimas da sua ignorância científica. Não é fortuita a nacionalidade de cada um.
H. Habermeier mostrou que, dentro de níveis comparáveis de qualidade da educação, os países com melhor desempenho em ciências obtinham resultados econômicos mais expressivos. Ou seja, há argumentos poderosos sugerindo o efeito de uma boa base científica no desempenho econômico. Estamos cercados de aparelhos com extraordinária densidade de ciência e tecnologia. Decifrar e manipular a natureza é crítico para a nossa produtividade. A liderança do país no etanol requer que um reles pé de cana incorpore melhoramentos genéticos de altíssima complexidade.
Esses argumentos vêm sendo repetidos ad nauseam. Apesar disso, é lastimável o desempenho brasileiro em ciências. Nas provas do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o Brasil está entre os últimos lugares, abaixo da média da América Latina, um continente de pífio desempenho educativo (vejam o livro recente O Ensino de Ciências no Brasil, do Instituto Sangari). Quero trazer mais dois argumentos possantes. O primeiro tem a ver com a ideia de que aprender a pensar é uma das tarefas mais nobres e mais árduas da escola. Mas, ao contrário do que almas ingênuas poderiam imaginar, não se aprende a pensar em cursos do tipo "Como pensar". Aprende-se pensando sobre assuntos que se prestam para tais exercícios. E, entre eles, as ciências oferecem um campo excepcional. Exercitamos os músculos nas academias. E exercitamos os músculos do intelecto lidando com as ciências e outros assuntos de lógica exigente. Que fantástica academia para exercícios mentais são as teorias científicas! O rigor das definições, a precisão das leis e as abstrações disciplinadas oferecem um terreno ideal para ginásticas simbólicas. Portanto, mesmo que os conhecimentos não servissem para melhor operar em um mundo complexo, a ginástica mental que permitem é uma das fases mais nobres do processo educativo.
Ilustração Atômica Studio
Vejamos o segundo argumento. Se pensamos na contribuição da Europa nos últimos cinco séculos, muitas ideias nos vêm à cabeça. Mas talvez uma das mais decisivas tenha sido o desenvolvimento do método científico, salto que teve Bacon e Descartes como ícones. Por trás dos gigantescos avanços científicos está o método. Com ele, a ciência avança, seja com passinhos, seja com saltos. Não há marcha a ré, pois até o erro educa.
O método impõe a disciplina de formular as perguntas de maneira rigorosa e sem ambiguidades. Em seguida, propõe e fiscaliza um plano de ação para verificar se as hipóteses para responder às perguntas, de fato, descrevem o mundo real. Sem essa disciplina para escoimar de imprecisões e equívocos a busca científica das respostas, não poderíamos ter confiança nos resultados. A vulgarização do poder da ciência se traduz nas afirmativas publicitárias de que "a ciência demonstrou...".
Sem o desenvolvimento do método científico, não teríamos os avanços tecnológicos que tanto beneficiam a humanidade. Mas o meu argumento aqui vai em outra direção. O método tornou-se uma espécie de roteiro seguro para pensar bem sobre todos os assuntos, não apenas para fazer pesquisas. Quem aprendeu a pensar como cientista e a usar o método científico tem um raciocínio mais enxuto e rigoroso. As perguntas são mais bem formuladas e já facilitam a busca sistemática das respostas. Não importa o assunto (mas, obviamente, uma boa base científica apenas dá a embocadura para entrar com segurança no assunto, não substitui o conhecimento específico). Só falta dizer que há uma enorme diferença entre aprender a pensar como um cientista e decorar fórmulas, teoremas e leis. Infelizmente, nosso ensino pende para a segunda versão. E o Pisa joga isso na nossa cara.

Claudio de Moura Castro é economista
Nota do Professor: Gostei muito do artigo do Cláudio, é uma questão filosófica o pensamento, equilibrar o senso comum com o pensamento científico nos leva ao equilibrio racional e emocional, mas nada melhor que pensar em ciência assim exercitamos uma série de coisas que nos fazem ir além do nosso poder mental, exercitar o pensamento é realizar uma saudável ginástica cerebral...pensem nisso...Boa Leitura a todos

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Problemas ambientais é problema social sim!!!!!





Problema Ambiental, é culpa nossa!!!!!


Diante da problemática ecológica que a humanidade anda atravessando nos últimos anos e o grande culpado disso tudo são as atividades antrópicas, ou seja produzidas pelo próprio homem, hoje atualmente os dados não são animadores quando a emissão de CO2 na atmosfera, isso indica que a temperatura global esta aumentando gradualmente, ano após ano as pesquisas realizadas pelos institutos de pesquisas climáticas junto com os fóruns mundiais e o painel intergovernamental para mudanças climáticas o IPCC não estão nos dando dados de diminuição de Dióxido de Carbono, pelo contrário, as nações estão cada vez mais consumistas, quanto o maior for o consumo maior será a produção de CO2, tanto CO2 quanto outros gases do Efeito Estufa que provoca o aumento da temperatura, as queimadas contribuem grandiosamente para o Aquecimento Global por ocorrer sempre em áreas distantes existe uma enorme dificuldade de combater os focos de incêndios nas florestas mundiais, no Brasil a nas Regiões Centrais e Norte são as que mais sofrem com as queimadas, primeiro no Cerrado pelo clima seco e rarefeito, pode ser provocada pela própria natureza ou pelo homem, isso dificulta na aplicação das leis ambientais, 95% das queimadas no Brasil são provocadas por ação humana, o maior problema é que atinge parte da nossa Mata Atlântica o que indica sua diminuição e a captação de carbono na atmosfera, hoje no Brasil a nossa Amazônia corresponde por 80% da captação de CO2, ela sim é considerada o “Pulmão do Mundo” são dados importantíssimos para a questão ambiental.
As queimadas além de emitir uma quantidade muito grande de CO2 ao mesmo tempo empobrece o solo, dificultando uma nova floragem, assim o tempo médio de uma reestruturação de Mata Atlântica irá demorar o tempo além do normal, o impacto do fogo na biodiversidade, clima e reservas de carbono do planeta e destaca que as queimadas ligadas ao desflorestamento são responsáveis por cerca de 20% do aquecimento global promovido pela ação do homem. Dados preocupantes quanto à emissão de Carbono, pois as grandes florestas do mundo são responsáveis pelo seqüestro de carbono em superfície terrestre outras pelo ciclo natural do Carbono nos grandes oceanos e mares do mundo.
O Aquecimento Global tem pontos importantes para ser entendidos, quando falamos de aquecimento temos que pensar em ganho de calor, a Terra sempre teve sua própria temperatura ambiente, quando começa a ganhar calor isso implica na estrutura biológica da Terra, ou seja muda a estrutura física, química e biológica, para cada ecossistema uma estrutura diferente de tempo e clima, alguns lugares dependendo do ecossistema pode provocar mudanças radicais, como as que já estão ocorrendo, onde não havia deserto hoje tem, onde havia água não há água mais, onde as floragem eram em setembro ocorrem 1 mês antes da primavera, onde o oceano era gelado devido as correntes estão ficando frias assim mudando toda biodiversidade global, inclusive no Brasil, as emissões de CO2 na atmosfera e os gases do Efeito Estufa provocam uma diminuição do O3 Ozônio ou Azoto, que tem por função diminuir a entrada de raios UV e com os gases há um bloqueio provocado por esses gases que acabam impedindo a refração dos raios solares que batem no solo e saem novamente, assim provocando um desequilíbrio na temperatura.
Comentário do Professor: Acredito que todos os dias chegam muitas informações sobre dados quanto aos problemas sócioambientais no mundo, mas devemos cada vez mais entender o que esta tão claro perante nossa realidade, até quando vamos destruir nossa casa????Estamos caminhando para um colapso ambiental gravíssimo, mas não estamos dando conta dessa realidade na qual estamos em volta, cada dia que passa as coisas pioram, o clima muda, o lixo aumenta, as queimadas continuar, a poluição não para, as medidas corretas para melhorar as condições do Aquecimento não interessa, o negócio é lucrar, lucrar e lucrar sem a preocupação de uma vida melhor no futuro, é uma pena, mas as consequencias serão desastrosas e o ser humano personagem importante nessa destruição irá pagar um preço muito grande, o mesmo preço na qual destrói para ter uma conta bancária mais gorda...A Terra reage de uma forma na qual não tem volta...Pensem e vamos limpar a nossa casa...

terça-feira, 29 de setembro de 2009


Comportamento
Quando não há mais segredos
Dados financeiros, hábitos de consumo e até o seu perfil psicológico podem estar na rede. A internet tornou mais difícil manter a privacidade– mas isso não significa que ela esteja morta.

No mês passado, a loja on-line Amazon se meteu em encrenca com um bom número de clientes. Ela acessou a biblioteca digital de centenas de proprietários do Kindle – o leitor de livros eletrônicos criado e comercializado pela própria Amazon – e apagou de lá alguns títulos, sob a alegação de que eles não tinham a licença necessária para ser comercializados on-line. Fez isso sem aviso e sem permissão, valendo-se da rede sem fio que, nos Estados Unidos, mantém cada aparelho vendido em contato com a empresa. De nada adiantou o pedido de desculpas oferecido, dias depois, pelo presidente da empresa, Jeff Bezos, que qualificou a ação de "estupidez". Tampouco surtiu grande efeito assegurar um reembolso pelos livros confiscados. O sequestro dos arquivos, com ou sem dinheiro devolvido, era somente uma agravante do delito original: a violação da privacidade. Uma ironia arrematou a história. Uma das obras apagadas era 1984, o clássico do inglês George Orwell acerca de uma sociedade sob vigilância perpétua, cujo ditador oculto, o Grande Irmão, se mantém sempre "de olho em você".Há mais de 100 anos, essa é a nota dominante nas discussões em torno da privacidade: o temor diante de tecnologias que possibilitam a governos, empresas – e criminosos – coletar, analisar, utilizar e às vezes divulgar informações de cidadãos desprecavidos. O primeiro grande estudo jurídico sobre o direito à privacidade, assinado pelos juristas americanos Samuel Warren e Louis Brandeis, em 1890, já soava esse alarme. No ano em que os grampos telefônicos entraram em cena nos Estados Unidos, eles escreveram: "As fotografias instantâneas invadiram os recintos sagrados da vida privada e doméstica. Aparelhos mecânicos ameaçam confirmar a profecia de que ‘aquilo que foi sussurrado nos quartos será proclamado nos telhados’ ". O medo da perda da privacidade cresceu junto com o desenvolvimento cada vez mais acelerado, ao longo do século XX, das tecnologias da informação. Entre os anônimos, a violação da privacidade não raro é realizada pela própria vítima. É o que se poderia chamar de "paradoxo da privacidade": todos os dias, as mesmas pessoas que se afligem por estar vulneráveis à espionagem digital desvelam sua intimidade on-line, ao permitir que desconhecidos tenham acesso a seu computador, em redes de troca de arquivos, mas, sobretudo, ao aderir a sites como Orkut, Facebook, YouTube e Twitter, nos quais revelam uma larga fatia de sua vida em fotos, vídeos e depoimentos. Compreender os impulsos que levam alguém – e principalmente os jovens – a se expor na internet tem ocupado psicólogos, sociólogos, antropólogos, juristas. Parte da explicação está na simples disponibilidade da tecnologia. "As pessoas fazem o que fazem porque as ferramentas estão ao seu alcance. Pela primeira vez na história, praticamente qualquer um pode divulgar informações para o mundo todo. Alguns aproveitam essa possibilidade de maneira sensata, outros não", diz a antropóloga Anne Kirah, ex-chefe de pesquisas da Microsoft. Também a ideia das redes de interação social está inscrita desde sempre no DNA da web. "A arquitetura da internet foi traçada para permitir o compartilhamento de dados, ferramentas, sistemas. Portanto, era só uma questão de tempo para que surgissem de experiências como o Orkut e o Facebook", explica o sites de compartilhamento engenheiro Demi Getschko, conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil. A exibição da intimidade nas redes sociais, dentro de limites razoáveis, pode estreitar laços de amizade ou criar comunidades que cultivam saudáveis interesses comuns – de causas ecológicas à admiração por uma banda pop. "Ferramentas como o Twitter ou o Facebook apelam para a nossa vaidade. E assim sacrificamos nossa privacidade voluntariamente", diz Clay Calvert, autor do livro Voyeur Nation e estudioso dos meios de comunicação da Universidade da Flórida. O auto-imo-lamento da privacidade se dá de forma mais flagrante com a nova prática do sexting – junção de sex e texting, ou seja, sexo e envio de mensagens por celular. Os jovens adeptos do sexting fotografam e filmam corpos nus ou seminus e postam o resultado na internet. Uma pesquisa recente nos Estados Unidos, sob patrocínio da Campanha Nacional para a Prevenção da Gravidez Adolescente, concluiu que 22% das adolescentes americanas já praticaram o sexting. "Trata-se de uma forma high-tech e infelizmente muito precoce de exibicionismo sexual", analisa Calvert. Autor de diversos livros sobre privacidade, entre os quais O Futuro da Reputação – Fofoca, Rumores e Privacidade na Internet, o americano Daniel Solove, professor de direito na Universidade Washington, afirma que o maior risco da superexposição da intimidade é o George arrependimento. Jovens que hoje pertencem ao que ele chama de "geração Google" terão de conviver com registros detalhados – e públicos – de seu passado, nos mais humilhantes detalhes. Solove, no entanto, não é um pessimista em relação ao futuro da privacidade. "Boa parte do que vemos atualmente se deve à imaturidade. Não creio que a geração Google vai, no futuro, estimular seus filhos a postar imagens de bebedeira na internet, só porque hoje faz isso", diz. A internet pode, sim, colocar a privacidade do usuário em risco, sobretudo se ele não tiver o necessário discernimento na hora de publicar imagens e dados pessoais na rede. Mas não se segue daí que a privacidade tenha morrido, como pregam os mais alarmistas. Há bons indícios de que o desejo de privacidade é parte da essência humana – ou mesmo de nossa essência animal. Num ensaio já clássico, publicado em 1967, o americano Alan Westin revisou dezenas de estudos zoológicos para demonstrar que virtualmente todos os animais têm necessidade de isolamento temporário. Tanto no Antigo Testamento quanto nos mitos gregos, personagens são punidos por violação do que se poderia chamar de privacidade (veja o quadro). Há uma longa tradição que se estende desde Aristóteles, na Grécia antiga, para definir uma esfera jurídica que diz respeito ao indivíduo e aos seus próximos, escapando à multidão e sobretudo ao poder público.
Mais importante, o direito à privacidade já foi bem estabelecido – e vem sendo reforçado – nos documentos legais mais relevantes do mundo democrático. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, outorgada pela ONU em 1948, consagra esse princípio no artigo 12. Os juristas Samuel Warren e Louis Brandeis firmaram o respeito à privacidade como um princípio constitucional em 1890 – e, de 1970 em diante, o Congresso americano vem promulgando legislações específicas para proteger dados privados. A União Europeia estabeleceu uma Diretiva para Proteção de Dados em 1995. O artigo 5º da Constituição brasileira, devotado aos direitos fundamentais, salvaguarda a intimidade e a vida privada. A ideia de que a privacidade poderá ser extinta pela internet é francamente paranoica. A rede oferece oportunidades novas para fofoqueiros e pequenos fraudadores – mas, ampla e democrática, ela não se presta à vigilância de um Grande Irmão totalitário.
Revista Veja 12/08/2009

Comentário do Professor:
Quero sempre diversificar as informações que recebo, mas essa que saiu na Veja recentemente me fez refletir mais uma vez quanto às novas tecnologias do futuro. Como sociólogo tenho pesquisado muito sobre o assunto e as informações são as mais preocupantes, pessoas estão deixando de viver para estar direcionada a uma rede de relacionamentos o que afasta as pessoas da sociedade provocando uma serie de problemas psicológicos e sociológicos pois, deixam de se interagir em sociedade construindo um individuo anti-social.Umas das explicações esta na evolução da comunicação e esta ao alcance de todos e virou uma moda global postar a vida em sites de relacionamentos...vamos pensar nisso!!!!boa leitura.

domingo, 20 de setembro de 2009


Ver a pobreza mas cair fora
Agências especializadas oferecem roteiros por favelas e regiões devastadas a turistas que querem ser diferentes dos outros turistas
Marcelo Bortoloti

A imagem foi feita nos Cape Flats, um conglomerado de favelas na Cidade do Cabo, na África do Sul. Em meio a montes de lixo, turistas fotografam as condições miseráveis em que vivem 4 milhões de pessoas. Os Cape Flats são o principal destino do mundo dos reality tours, modalidade de turismo que põe viajantes estrangeiros em contato com pobreza e sofrimento. Por ano, recebem a visita de 300 000 pessoas – quase a metade do contingente que se desloca para Bariloche, a mais famosa estação de esqui da Argentina. No Brasil, o exemplo mais conhecido é a favela da Rocinha, que atrai por ano 42 000 turistas de outros países. Esse tipo de programa é o tema de Gringo na Laje – Produção, Circulação e Consumo da Favela Turística, no qual a socióloga Bianca Freire-Medeiros, da Fundação Getulio Vargas, analisa a atração exercida pela miséria em certos círculos.
Na Inglaterra do século XIX não era considerado impróprio aos moradores abastados de Londres, de vez em quando, praticar o slumming, a visita aos bairros pobres (slums) por curiosidade ou em busca de aventura e de experiências excitantes para o paladar e os olhos. Em troca, deixavam-se alguns trocados para os moradores. O pico de prosperidade material nos Estados Unidos depois da II Guerra Mundial reduziu a pobreza extrema aos guetos de minorias raciais. Uma vez vencida, a miséria pode ser até cultuada como fonte de "pureza" e de inspiração. Esse conceito seria impensável na geração anterior, a da Grande Depressão, em que a pobreza foi sinônimo de degradação física e moral, situação em torno da qual se desenvolve o famoso romance Tobacco Road, de Erskine Caldwell. O livro virou filme e peça de teatro, mas não inspirou ninguém a visitar os barracos dos brancos bocas-sujas, beberrões e estupradores.
Ainda hoje, os visitantes prósperos são atraídos às favelas como um remédio para o tédio burguês, pela ideia da pobreza como purgadora e, claro, pela certeza de que eles próprios nunca vão morar naqueles casebres. Filmes como Cidade de Deus aumentaram o número de visitantes à favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. O sucesso do longa Quem Quer Ser um Milionário? teve o mesmo efeito na Índia. Outros destinos procurados são os cenários de dramas humanos de repercussão internacional, como é o caso agora das áreas mais atingidas pelo furacão Katrina, que, em 2005, quase destruiu Nova Orleans.
Revista Veja 19/09/2009
nota: Aos poucos os valores são alterados pela socidade, mundos diferentes passam a conviver juntos, valores são trocados, a classe média se rende ao popular, locais que eram vistas pelo mundo como fora de rota do turismo hoje se transforma em atrações, isso é maravilho quando o mundo começa a ver que existe vida em outros continentes, serve como crítica, pois nada fazemos, assim buscamos em outros olhares uma nova forma de ver a pobreza, a real.Não aquelas que estão em gráficos espalhadas pelas instituições que tentam buscar soluções, mas nada se faz, pobre existe no mundo todo e, não podem ser vistos como atrações turisticas, mas sim com olhares humanos, eles precisam muito, por que os cartões postais do rio de Janeiro ou Vitória ou Vila Velha não mostram as favelas, os bairros pobres???não são atrações???Não podemos maquiar uma realidade nua e crua que vimos todos os dias, isso não é utopia, é pura realidade...

sábado, 29 de agosto de 2009

Nos laços (fracos) da internet


As redes sociais na internet congregam 29 milhões de brasileiros por mês. Nada menos que oito em cada dez pessoas conectadas no Bra-sil têm o seu perfil estampado em algum site de relacionamentos. Elas usam essas redes para manter contato com os amigos, conhecer pessoas – e paquerar, é claro, ou bem mais do que isso. Os brasileiros já dominam o Orkut e, agora, avançam sobre o Twitter e o Facebook. A audiência do primeiro quintuplicou neste ano e a do segundo dobrou. Juntos, esses dois sites foram visitados por 6 milhões de usuários em maio, um quarto da audiência do Orkut. Para cada quatro minutos na rede, os brasileiros dedicam um a atualizar seu perfil e bisbilhotar o dos amigos, segundo dados do Ibope Nielsen Online. Em nenhum outro país existe um entusiasmo tão grande pelas amizades virtuais. Qual é o impacto de tais sites na maneira como as pessoas se relacionam? Eles, de fato, diminuem a solidão?Por definição, uma rede social on-line é uma página na rede em que se pode publicar um perfil público de si mesmo – com fotos e dados pessoais – e montar uma lista de amigos que também integram o mesmo site. Como em uma praça, um clube ou um bar, esse é o espaço no qual as pessoas trocam informações sobre as novidades cotidianas de sua vida, mostram as fotos dos filhos, comentam os vídeos caseiros uns dos outros, compartilham suas músicas preferidas e até descobrem novas oportunidades de trabalho. Tudo como as relações sociais devem ser, mas com uma grande diferença: a ausência quase total de contato pessoal.
Os sites de relacionamentos, como qualquer tecnologia, são neutros. São bons ou ruins dependendo do que se faz com eles. E nem todo mundo aprendeu a usá-los a seu próprio favor. Os sites podem ser úteis para manter amizades separadas pela distância ou pelo tempo e para unir pessoas com interesses comuns.
O sociólogo americano Robert Weiss escreveu, na década de 70, que existem dois tipos de solidão: a emocional e a social. Segundo Weiss, "a solidão emocional é o sentimento de vazio e inquietação causado pela falta de relacionamentos profundos. A solidão social é o sentimento de tédio e marginalidade causado pela falta de amizades ou de um sentimento de pertencer a uma comunidade".
Vários estudos têm reforçado a tese de que os sites de relacionamentos diminuem a solidão social, mas aumentam significativamente a solidão emocional. É como se os participantes dessas páginas na internet estivessem sempre rodeados de pessoas, mas não pudessem contar com nenhuma delas para uma relação mais próxima. Ao contrário do e-mail, sites como Orkut, Facebook e Twitter, por sua instantaneidade, criaram esse novo tipo de ansiedade: a de ficar sempre plugado para evitar a impressão de que se está perdendo algo.
A necessidade de classificar os contatos virtuais na sua página do Orkut ou do Facebook segundo o grau de intimidade desafia um dos princípios da amizade verdadeira: a total reciprocidade. Na vida real, o desnível da afinidade que uma pessoa sente pela outra costuma ficar apenas implícito na relação entre elas. Na internet, ele é escancarado. Pode-se simplesmente bloquear o acesso de certos amigos a determinadas informações. Além disso, ela não estimula aquele tipo de solidariedade que faz com que dois amigos de carne e osso aturem, mutuamente, os maus momentos de ambos. Esse grau de convivência e aceitação de azedumes ou mesmo defeitos alheios é quase inexistente nas redes sociais. Quando alguém começa a incomodar, é ignorado ou deletado. "Se o objetivo é um vínculo afetivo maior, é preciso se encontrar pessoalmente", resume candidamente Danah Boyd, pesquisadora do Microsoft Research, um laboratório inaugurado em Massachusetts pela empresa de Bill Gates para o estudo do futuro da internet.
Ao fim e ao cabo, usar as redes sociais para fazer uma infinidade de amigos – quase sempre não muito amigos – é uma especialidade de Brasil, Hungria e Filipinas, países que têm o maior número de usuários com mais de 150 contatos virtuais. Uma pesquisa nos Estados Unidos, por exemplo, mostrou que 91% dos adolescentes usam os sites apenas para se comunicar com amigos que eles já conhecem. Parecem saber que, como dizia Aristóteles, amigos verdadeiros precisam ter comido sal juntos. O que você está esperando? Saia um pouco da sua página virtual, pare de bisbilhotar a dos outros, dê um tempo nas conversinhas que só pontuam o vazio da existência e vá viver mais. Nada melhor que ter amigos sempre próximos de nós, precisamos muito estar sempre perto de pessoas é de onde vêem o afeto, a socialização e a capacidade de viver em grupos, sair para festas, estudar juntos sempre haverá a necessidade de todo ser humano viver em sociedade real e não só a virtual.

REVISTA VEJA 08/07/2009 Profº . Rodrigo Pizeta – Sociologia

E-mail: cafesociologico@gmail.com
Achei esse artigo muito interessante para nossos estudos em sociologia, hoje existe uma série de situações voltadas diretamente para o comportamento das pessoas quanto se fala em relações sociais, principalmente as virtuais, temos que nos policiar de forma que a rede não tome nossas vidas para ela, mas que possamos dosar constantemente essa relação virtual, tudo que é excesso faz mal, temos que ponderar e nos relacionar, se não podemos ser pessoas excluidas da sociedade, independente de sua classe social relações interpessoais ocorrem em qualquer classe.
"O homem é um ser social por natureza"

domingo, 23 de agosto de 2009

O que é Sociologia????


Isidore Auguste Marie François Xavier Comte - 1798 - 1857
Filósofo Positivista
A Sociologia é uma ciência porque usa métodos e técnicas que lhe permitem estudar o social. E o campo de estudo da sociologia é a organização da sociedade e o que acontece entre seus membros.

É bom saber:
“A sociologia propriamente dita é o fruto da Revolução Industrial, e nesse sentido é chamada de - ciência da crise – crise que essa revolução gerou em toda a sociedade européia. Ela é fruto de toda uma forma de conhecer e pensar a natureza e a sociedade, que se desenvolveu a partir do século XV”.Ela existe, portanto, porque existe o homem, porque ele vive em grupo e porque é necessário compreender esta convivência para se propor maneiras de viver melhor.
No século XVIII, a Europa vivia um dos mais importantes momentos de sua história. A Revolução Francesa e Industrial provocaram mudanças que até hoje são refletidas na nossa geração. Toda conjuntura política, econômica e cultural passava por modificações: os novos métodos de produção geravam o aumento da produtividade e vários trabalhadores foram substituídos por máquinas. Além disso, ocorria o intenso êxodo rural, ocasionando uma explosão demográfica e conseqüentemente, uma falta de infra-estrutura capaz de comportar esses excedentes populacionais. A falta de empregos aliada à falta de infra-estrutura levou a um relativo estado de caos social: aumento da miséria, fome, criminalidade, doenças, prostituição, suicídio, etc. De certa forma, a sociologia surgiu como uma resposta intelectual para tentar analisar, explicar e melhorar essa nova estruturação, sobretudo social, que o mundo vivia. Portanto, sociologia é a ciência que, através de seus métodos de investigação científica, estuda o comportamento humano perante seu meio social e busca compreender as estruturas e as relações da sociedade. O termo “sociologia” foi criado por Augusto Comte, cuja intenção era unificar várias áreas do conhecimento, como psicologia, economia, etc. As três principais linhas de pensamento dentro da sociologia são: a Positivista-Funcionalista, tendo como fundador Auguste Comte e grande contribuidor, Émile Durkheim; a sociologia compreensiva iniciada por Max Weber; e a explicação sociológica dialética, iniciada por Karl Marx. A Revolução Industrial é muitas vezes analisada de forma superficial como a simples introdução da máquina a vapor nas fábricas e manufaturas e o aperfeiçoamento das técnicas produtivas. Existe, porém, outra faceta da realidade – a Revolução Industrial significou o triunfo da indústria capitalista e da classe minoritária detentora dos meios de produção e do capital. Grandes massas de trabalhadores foram submetidas ao que impunha o sistema – novas formas de relação de trabalho, longas e penosas jornadas nas fábricas, salários de subsistência – a fim de satisfazer os interesses econômicos dos empresários. Aos poucos a Sociologia vai ganhando espaço na sociedade como caminho para entender as necessidades da época e dando oportunidade de no futuro construir uma sociedade melhor com mais qualidade de vida, organizando e estudando de forma cientifica e sistemática as mais variedade sociedades existentes no mundo pós moderno, as mudanças de comportamentos dos indivíduos devido as novas invensões tecnologicas na qual mudou o rumo de nossa sociedade ocidental capitalista, eis a Sociologia como ciência...Vamos continuar a entender nossa sociedade sempre respeitando as opiniões de forma que através de debates com bases concretas de nossa realidade social, ou seja com embasamento teórico e teses que possam ser realmente entendidas e discutidas...isso é sociologia...
Assim as Ciências Sociais começa a ganhar repercussão pelo mundo, campos do conhecimentos começam a fazer parte de sua doutrina como a Antropologia Cultural, Filosofia, Economia, Ciências Políticas, Geografia Humana, Psicologia Social e a Sociologia propriamente dita.

Identidade e Nacionalismo


















Identidade e Nacionalismo
Por: Eduardo César MaiaA defesa de uma identidade nacional pura, inviolável e imune a influências externas não passa de uma utopia despropositada. O processo constante e cada vez mais acelerado de comunicação e intercâmbio entre os mercados de todos os países, e o fluxo de bens culturais avançam num sentido de negação das fronteiras nacionais. Tal fenômeno, irreversível na opinião da maioria os intelectuais, é o que se costuma chamar de globalização. Os defensores dessas formas de identidades coletivas nacionais, étnicas ou mesmo de uma simples localidade, como uma cidade ou um bairro, acreditam que esse processo pode conduzir ao esgotamento das culturas oriundas dos países de economia menos desenvolvida: as características regionais, as tradições, costumes e padrões de comportamento que determinariam a identidade desses povos estariam condenados ao esgotamento e à dominação pelos bens culturais dos países hegemônicos. É inegável que o incessante fluxo de informações por todo o globo realmente está dando um novo formato às diversas culturas, mas isso não significa necessariamente uma perda. Numa perspectiva mais otimista, pode-se argumentar que a cultura não é um cárcere, um sistema fechado de valores invioláveis. A vida cultural de um povo, pelo contrário, alimenta-se de mudanças e conflitos com outras culturas. Apenas nas sociedades primitivas e nos Estados sumamente autoritários com tendências nacionalistas é que a cultura é encarada como um campo de concentração, uma condição imutável. É como se os indivíduos estivessem condenados a permanecer dentro desse conjunto de valores culturais, sem nenhuma possibilidade de interferência pessoal. A origem etimológica da palavra cultura remete ao ato de cultivar o espírito, aprimorar-se, reduzindo a própria ignorância através do conhecimento da diversidade e pluralidade do mundo. A cultura não é um lugar, não se encontra em determinada situação geográfica verificável com um mapa e uma régua. A defesa de uma identidade cultural nacional no sentido de que todo o autóctone é sempre um valor e todo o forâneo, um desvalor, é simplesmente uma manipulação ideológica abstrata e sem fundamentação histórica.As ligações afetivas pessoais ao local de nascimento, às tradições, às religiões e a certos valores herdados da comunidade em que se está inserido são, a princípio, naturais e positivas. No entanto, uma política que pretenda, partindo da defesa desses valores, menosprezar ou mesmo censurar a possibilidade de compartilhar dos bens culturais externos, é uma política autoritária e xenófoba. Isso significa, nos dias de hoje, que, para um país proteger sua cultura, deveria preservar-se da competição internacional e dos “males” da globalização. Os defensores de tais políticas afirmam que, se os governos deixassem a identidade do seu povo à mercê das regras do capitalismo amoral, haveria uma deteriorização pela invasão de produtos culturais estrangeiros, uma colonização cultural, perpetrada através do poder da publicidade das empresas dos países mais poderosos. No Brasil, país em que essas políticas de “proteção” aos bens culturais nacionais têm bastante força, parece ainda mais abstrusa a definição do que venha a ser essa identidade. Falar de cultura brasileira ou patrimônio cultural brasileiro é se referir a uma miríade de influências de várias partes do mundo que constituíram (e seguem constituindo) e influenciaram (e continuam influenciando) a história, os costumes e os valores vivenciados de diversas formas por indivíduos profundamente diferentes que habitam esse país. Além de se tratar de uma entidade abstrata confusa, a noção de identidade cultural nacional leva muitas vezes a uma legitimação da censura, do dirigismo cultural e a subordinação da vida cultural e artística a uma doutrina política: o nacionalismo.
Professor: Rodrigo dos Santos Pizeta - Sociologia
Artigo retirado da revista Continente Multicultural Out de 2006
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